sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Protetores Bucais


Ainda visto como um esporte perigoso para alguns, as Mixes Martial Arts vêm ganhando legiões de fãs mundo afora. Mas, o que mudou do antigo Vale-Tudo, repudiado antigamente no brasil, para o glamuroso MMA atual? Regras. Algumas regras foram criadas para que a integridade física do atleta fosse preservada, e a mudança causou uma baita repercussão.

Não foi pensando em fazer as lutas durarem mais, mas em proteção, em legitimar, em fazer daquelas batalhas uma luta, um esporte, uma arte. Com isso, hoje é necessário que o atleta tenha a devida proteção para entrar dentro de um ringue. Luvas abertas nos dedos, coquilha (protetor para genitais) e protetores bucais foram acrescentados ao uniforme dos lutadores. O último não foi para manter um sorriso bonito nas bocas de vitória, mas para evitar danos devido aos golpes sofridos. 

Mas, como será que esses protetores funcionam? E do que e de que forma eles ajudam na proteção dos lutadores?

Qual a origem dos protetores bucais?

Os protetores bucais surgiram na década de 40, idealizados pelos treinadores de pugilistas. Percebendo que a maioria dos golpes estavam destinados à cabeça e mento (queixo) e que esses golpes danificavam, em efeito cumulativo, os nervos e vasos que passam acima da cavidade glenoide (base do crânio), viu-se a necessidade de um tipo de proteção.

Por que é necessário utilizá-los?

É notável o baixo rendimento dos atletas quando não utilizam protetores bucais, pois os golpes afetam tais nervos e artérias da base do crânio e o pugilista não consegue agüentar um maior número de rounds. Assim surge o termo ‘nocaute’. Os protetores conseguem proteger a cavidade glenoide, os dentes e todos os anexos bucais (língua, bochecha e gengiva).

Como são feitos? São personalizados?

Existem basicamente 3 tipos de protetores bucais, de acordo com a linha norte americana e europeia.
1º- Protetor de estoque (comuns): são pré-fabricados e vendidos em massa nas lojas especializadas em esportes. Não são personalizados e absorvem pouco impacto. Hoje são considerados desconfortáveis e de pouca eficácia, por isso pouco utilizados.
2º- Termo-ajustáveis (esquenta e morde): os protetores deste tipo têm a mesma forma, mas são alterados quando colocados em água quente para amolecer. O atleta morde o plástico aquecido para conseguir um bom encaixe nos dentes. Esse tipo de protetor pode ser adquirido em lojas de produtos esportivos e são mais confortáveis que os protetores comuns, mas não são idéias, pois não conseguem adaptar-se perfeitamente às estruturas orais e ainda  trazem dificuldades para concentração, respiração e fala dos atletas.
3º- Personalizados (feitos sob medida): diferente para cada usuário, esses protetores são exatamente a cópia fiel dos dentes e estruturas anexas. São produzidos a partir de uma moldagem realizada por um dentista. Adaptam-se perfeitamente à boca e por isso são os mais confortáveis e de melhor proteção da base do crânio e estruturas da boca. Além disso, não atrapalham a fala e a respiração. Eles absorvem os impactos em quatro tipos de acordo com o esporte praticado pelo atleta. Novas tecnologias e materiais já estão ao alcance dos dentistas que estão se voltando para essa nova área.

Em quanto são absorvidos os impactos com o uso dos protetores?

A absorção do impacto varia de acordo com o número e o tipo de camadas. Os protetores personalizados, chamados de “pesados profissionais”, conseguem absorver mais de 80% do impacto, de acordo com alguns estudos europeus e norte-americanos.

Em quais modalidades se utiliza os protetores?

Em praticamente todos os esportes de contato direto (corpo a corpo) ou indireto (por objetos voadores) é indicada a utilização de protetores bucais. Em artes marciais, poderíamos indicar o MMA, Muay Thai, qualquer tipo de Boxe, Kickboxing, Jiu-Jitsu, Karatê, Judô e Taekwondo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário